Morreu ontem um dos nomes centrais da gravura: Bartolomeu Cid dos Santos. Nasceu em 1931, em Lisboa. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de 1950 a 1956, prosseguindo a sua formação na Slade School of Fine Art em Londres, de 1956 a 1958, com Anthony Gross. Escola londrina onde leccionou, de 1961 a 1996, no Departamento de Gravura, tendo sido igualmente artista visitante em numerosos estabelecimentos similares na Grã-Bretanha.
Foi ainda professor visitante da Universidade de Wisconsin, em Madison em 1969 e 1980, na Konstkollan Umea, Suécia, em 1977 e 1978, no National College of Art em Lahore, Paquistão, em 1986 e 1987, e na Academia de Artes Visuais de Macau em muitas ocasiões.
Realizou a sua primeira exposição individual em 1959, na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Desde então expôs individualmente 82 vezes.
Trabalhos da sua autoria integram o acervo de instituições públicas e privadas nacionais e internacionais.
Têm assinatura de Bartolomeu Cid dos Santos os painéis da estação do Metro de Entrecampos em Lisboa.
Paula Rego considera-o "um grande gravador, dos maiores. Sou grande admiradora do trabalho dele. Foi quem me ensinou a técnica da água-tinta". "Ele tem uma visão e um uso de pretos e brancos completamente únicos."