"That was due to Crabtree's expertise and flair during a wine tasting that lasted until sunrise, and that is still remembered in the neighbouring town of 'Vila Real´as the "Night of the Englishman', that Don José Mateus first realised the potential of his Estate's Rosés as suitable for the English palate"

Santos, Bartolomeu dos, 'Joseph Crabtree and the Caliph of Fonthill', 1985, in The Crabtree Orations (1954-1984), ed. Brian Bennett & Negley Harte, The Crabtree Foundation, London, 1997
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21.5.08

Do blog "Southandnotnorth" (5.7.2007)

segredos de bartolomeu dos santos - V7

À medida que se distancia da Slade School of Fine Art, em Londres, onde trabalhou entre 1961 e 1996 no Departamento de Gravura, Bartolomeu dos Santos (1931) passa mais tempo com as suas memórias. E são elas que intervêm nas criações que nos mostra, a partir de hoje (quinta, dia 10), na Galeria Ratton.Desta vez não há gravura mas sim pintura: em telas com colagens de documentos antigos ou páginas com valor simbólico para o artista; em pedaços de madeira apanhados pelo chão da praia e depois resguardados em caixas, devidamente pintados.As memórias de Bartolomeu dos Santos não são saudosistas; vivem, apenas. E falam-nos de aspectos subjectivos da forma que só os artistas conhecem, ao traduzirem a individualidade em imagens universais. E assim se entregam ao mundo. Paris, Tavira, Londres são algumas geografias destes trabalhos. Os séculos XIX, XX e XXI os momentos presentes neste conjunto de mais de 40 obras.

Outros referentes do traço de Bartolomeu, e que já nos são familiares, vão aparecendo: o carro azul, as sereias, os grandes navios... os telegramas antigos e as memórias de antepassados que o artista assim regista, na sua história pública, assegurando a preservação dessas identidades. Expõem-se outros segredos, como poemas recentes e fotografias da adolescência - que nos ajudam a familiarizar-nos com as obras expostas nas três salas.