O corpo do artista plástico Bartolomeu Cid dos Santos, hoje falecido em Londres, vai ser cremado na capital britânica na próxima semana, disse fonte próxima da família.
De acordo com a mesma fonte, a cremação deverá consistir numa cerimónia simples e aberta apenas a familiares e amigos próximos.
As cinzas serão depois transportadas para Tavira, como era seu desejo.
O destino final dos restos mortais do artista será o rio Gilão, onde serão lançadas, havia revelado durante a tarde o presidente da Câmara Municipal de Tavira, Macário Correia, à Lusa.
Segundo o autarca, um centro de desenho e gravura de Bartolomeu dos Santos vai nascer, talvez ainda este ano, em Tavira (cidade onde o artista pretendia instalar-se definitivamente), no Palácio da Galeria ou no Auto de Santana.
Nascido em 1931 em Lisboa, Bartolomeu Cid dos Santos faleceu hoje em Londres, onde estudou e trabalhou desde os anos 1950 na Slade School of Fine Art.
Como artista, realizou a sua primeira exposição individual em 1959, na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Desde então expôs individualmente 82 vezes.
Trabalhos da sua autoria integram o acervo de instituições públicas e privadas nacionais e internacionais.
Têm assinatura de Bartolomeu Cid dos Santos os painéis da estação do Metro de Entrecampos, em Lisboa.
Em declarações hoje à Lusa, a pintora Paula Rego descreveu Cid dos Santos, de quem era amiga, como "uma pessoa única e um fantástico gravador"