Açoriano Oriental on line, 20.6.08
Os trabalhos em exposição são da autoria de Ana Roseira, Beatriz Rodrigues, Catarina Castelo Branco, Isabel Silva Melo, José Cruz, Ludomila Esteves, Manuela Braga, Maria João Castro, Martim Cymbron, Nina Medeiros, Paula Mota, Sofia Brito e Urbano, artistas, arquitectos e designers que passaram pelo atelier, quer durante o workshop de gravura, orientado por Bartolomeu Cid dos Santos, referência nacional na utilização desta arte plástica, quer ao longo de todo o ano, em utilização livre.
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A criação deste atelier, há muito ambicionado pela Academia das Artes, contou com a colaboração de Bartolomeu Cid dos Santos, que idealizou todo o projecto e acompanhou o processo de montagem, e só foi possível devido ao apoio da Direcção Regional da Cultura, que ao abrigo do projecto ARTCA financiou as obras de adaptação do espaço e a aquisição de equipamentos necessários para o seu pleno funcionamento.
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Apesar de já estar anteriormente programada, esta exposição pretende também ser um agradecimento e uma homenagem a Bartolomeu Cid dos Santos, falecido recentemente.
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Que papel desempenhou Bartolomeu Cid dos Santos na implementação do atelier?
Ele foi extremamente importante. Quando vim para a direcção da academia tinha acompanhado o processo de criação deste espaço e a primeira actividade que quis desenvolver foi o workshop com o Bartolomeu. Ele já tinha cá vindo e conhecia a academia, e através de troca de correio electrónico, com desenhos e pequenos esboços, ele conseguiu idealizar a organização do material no espaço destinado ao atelier. Ele montou vários ateliers por todo o país, penso que este foi o último…
O facto de Bartolomeu Cid dos Santos ter falecido recentemente dá outro significado à exposição?
Já tínhamos a ideia de fazer a exposição, mas na inauguração da exposição, em sua homenagem, fiz uma pequena faixa com as fotografias do workshop, que foi muito útil para mim porque fiquei responsável pelo atelier e estava completamente esquecida das técnicas. Ele fez este esforço em vir cá, e penso que foi muito importante também para ele, porque adorava gravura e era mesmo considerado o “senhor da gravura” a nível nacional. Esta exposição é como um “obrigado”, porque, sem ele, não conseguiríamos montar o espaço.